O que nos motiva!
O que nos motiva!
A ideia de um mundo globalizado em que vivêssemos numa espécie de pangéia das nações, algo como um único bloco, um país em que todos fossem cidadãos, pode soar um tanto utópica. Até nos parece uma ideia interessante, mas não é a maior característica do mundo globalizado que se desenhou algumas décadas antes.
Essa característica predominante para nós resume-se a uma palavra:
– fluxo;
Fluxo, seja ele de pessoas, de capital, de mercadorias, é o fluxo que se intensificou no mundo que conhecemos. Cada vez mais pessoas e coisas circulam por territórios diferentes de sua origem.
Se olharmos para isso e lembrarmos que o êxodo, a diáspora, migrações em geral, esse movimento de ir e vir é traço fundamental da história da humanidade, então perceberemos o que torna as migrações atuais tão especiais.
Migrar neste novo contexto tecnológico e em uma sociedade voltada para a informação é absolutamente diferente daquilo que fazíamos no passado.
Portanto, a pergunta que nos fizemos é: “o que podemos fazer diante desse cenário para que a ideia de um mundo sem fronteiras não seja tão utópica quanto parece?”
Para nós do VP, a experiência adquirida em um case de mobilidade internacional é uma oportunidade de aprendizado e ajuda a construir novas rotas.
É mapeando esses percursos de migração para Portugal que podemos contribuir com a tendência do incremento cada vez maior do fluxo de pessoas nesse novo mundo que já se anunciou há tempos.
Entender a particularidade de cada pessoa envolvida no fluxo, compreender o contexto burocrático e as nuances culturais do êxodo é a forma que decidimos contribuir para que um mundo sem fronteiras seja mais real.
Acreditamos mesmo que as fronteiras não desapareçam, que poder cruzá-las legalmente representa dissolver cada vez mais esses muros invisíveis criados pela própria humanidade.
Jorge Madureira vive em portal desde 2018
É co-fundador da empresa Cidadania à Vista
Graduado em Direito pela UFRJ
Mestre em Sociologia pela Universidade do Porto
Advogado em Portugal e Brasil e pai da Maria Flor